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quinta-feira, 8 de abril de 2010
Pé de Figueira
Sentado ao pé da velha figueira me pego a lembrar:
Das águas do riacho cristalino que ali perto passava.
Da mata exuberante que o protegia com suas mais variadas plantas.
Canto dos pássaros que nela habitavam.
Dos meus amigos que por ali comigo brincavam....
E descubro numa triste realidade que o riacho já não é mais cristalino...
Que as matas já não são mais exuberantes...
Que o canto dos poucos pássaros que ali estão já não é mais o mesmo...
E os meus amigos?
Cadê?
Onde estão?
O destino encarregou-se de espalhá-los pelo mundo....
E hoje voltando ao velho pé de figueira descubro que ele também já não é o mesmo, na sua imponência sente a idade ou a saudade?
Ah! Se a velha figueira falasse...
Falaria do tempo em que a escalávamos e ali fazíamos travessuras?
Falaria quantas vezes seus galhos se envergaram para dali pularmos no riacho cristalino e nos refrescarmos?
Falaria dos segredos compartilhados aos seus pés sobre namoricos fuxicos?...
Hoje, junto ao seu pé posso até sentir o quanto naquela época era feliz e o quanto está triste hoje, tentando resistir à destruição e ao abandono.
E se a velha figueira pudesse falar,
Diria...
Que saudade!
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Muito lindo Loiva parabéns adorei o blog
ResponderExcluirta uma certa saudade......
Na verdade cara amiga escritora, qdo a gente fica repetindo que é o próprio homem o maior responsável pelo seu próprio desastre vira redundância. Enquanto sua insistência em destruir as coisas boas e belas que a natureza através das mãos Divina criou não se caracteriza redundância. Mesmo insistindo nessa tecla de desrespeito, seu sentimento de culpa encontra-se vendado pela ignorância que ele tanto supõe ser sabedoria.
ResponderExcluirQdo tiver um tempinho passa no meu blog Bússola Literária, www.bussolaliteraria.blogspot.com, acredito que entre tantas publicações encontrará uma que melhor se encaixa com o seu apurado gosto pela leitura. Eu também sou o Peter Pan no Orkut, ok?